A Polícia Civil de Goiás, em conjunto com a Guarda Civil Municipal, prendeu em flagrante 13 pessoas acusadas de extorsão na área azul do Setor Campinas, em Goiânia. A ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (16/7), sob coordenação da Central Geral de Flagrantes da capital.
Os detidos foram flagrados nas imediações da Praça do Camelódromo e em ruas vizinhas. Segundo o delegado plantonista Humberto Teófilo, os suspeitos estavam “exigindo de motoristas pagamento antecipado para estacionar os veículos em vagas públicas”.
O delegado destacou que os presos simulavam vínculos com órgãos oficiais.
“Os suspeitos simulavam vínculo com o poder público ou empresas responsáveis pelo serviço, o que configura crime de usurpação de função pública na forma qualificada”, explicou Teófilo.
As investigações revelaram que o grupo agia de forma contínua e estruturada há anos. Os flanelinhas se autointitulavam “donos das ruas” e utilizavam intimidação contra motoristas, sobretudo mulheres e idosos, para obter ganhos financeiros.
“Além disso, muitos dos detidos possuem passagens pela polícia e são considerados de alta periculosidade, sendo reincidentes em práticas similares e outras condutas delitivas”, complementou o delegado. A combinação de ameaças e coação direta configurava verdadeiro esquema de extorsão.
Na operação, equipes da GCM deram apoio logístico e realizaram a contenção dos suspeitos em pontos estratégicos. Várias cadernetas de anotações foram apreendidas, contendo registros de valores cobrados e horários de atuação do grupo.
O delegado Humberto Teófilo ressaltou que o combate à ocupação ilegal do espaço público segue como prioridade.
“O espaço urbano é de uso coletivo, e não será permitido que criminosos o transformem em instrumento de extorsão”, afirmou.
Teófilo anunciou que novas ações estão previstas para desarticular possíveis remanescentes da quadrilha. Ele garantiu que a Polícia Civil não tolerará “intimidação de cidadãos ou cobrança indevida por serviços inexistentes”.
Os 13 presos seguem à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia. A continuidade das investigações poderá culminar em novas prisões e na identificação de eventuais envolvidos que ainda atuem nas ruas de Goiânia.
Apreensão de nove máquinas caça-níqueis
Em mais uma ação de combate à exploração ilegal de jogos de azar, a Central Geral de Flagrantes da Polícia Civil apreendeu nove máquinas caça-níqueis durante operação realizada nesta quarta-feira (16/7) na Rua Padre Manoel da Costa, no setor Cidade Jardim.
Além de configurar crime, esse tipo de atividade ilegal serve como fachada para esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção, conforme destacam as investigações.
“Manteremos nossa atuação firme no combate a essas práticas que prejudicam a sociedade e fortalecem organizações criminosas”, declarou o delegado Humberto Teófilo, responsável pela operação.
A apreensão faz parte de uma série de ações que a Polícia Civil tem realizado em diferentes regiões da capital para coibir a exploração de jogos de azar. As máquinas foram encaminhadas para depósito oficial e os responsáveis pelo estabelecimento serão investigados.
Aparecida de Goiânia alcançou a 6ª colocação no Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta terça-feira (15/7) pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO?Associados, utilizando dados oficiais de 2023 do Ministério das Cidades. Com nota final de 9,61, o município goiano saltou 11 posições em relação à edição anterior, quando ocupava o 17º lugar nacional.
Na mesma lista, Goiânia figura em 7º lugar, com nota 9,60, sendo a única capital do país entre as dez cidades que melhor tratam água e esgoto. Em comparação com o levantamento de 2024, a capital subiu 12 posições – de 19ª para 7ª – e atinge 99,62% de atendimento total tanto de água quanto de coleta de esgoto.
O ranking, em sua 17ª edição, avalia os 100 maiores municípios brasileiros pela população e considera, além dos percentuais de cobertura, indicadores de perdas na distribuição e evolução dos serviços, segundo metodologia da GO?Associados. O ranqueamento foi elaborado com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (Sinisa), ano-base 2023, divulgados pelo Ministério das Cidades.
Em 2023, Aparecida passou a atender 96,98% da população com água tratada, coleta esgoto de 86,76% dos domicílios e trata 93,97% de todo o volume coletado. O município ocupa o 3º lugar nacional em investimento per capita em saneamento, com média anual de R$ 420,99 entre 2019 e 2023, e registrou índice de perdas na distribuição de apenas 31,88%.
“É muito gratificante ver nossa cidade entre as melhores do país, ao lado de grandes centros. Esse resultado mostra que estamos fazendo o dever de casa. Vamos seguir trabalhando com ainda mais dedicação para melhorar a qualidade de vida das pessoas e alcançar a universalização do abastecimento de água e do esgoto”, afirma o prefeito Leandro Vilela.
Segundo ele, o avanço é fruto de “planejamento, investimentos contínuos e parcerias estratégicas”, citando a implantação dos linhões da Barragem do Ribeirão João Leite a partir de 2019, em cooperação com o Governo de Goiás, que ampliou o fornecimento de água nos bairros mais periféricos.
“Estamos executando obras importantes, destravando novos empreendimentos e garantindo estrutura para o crescimento urbano com qualidade”, acrescenta.

Goiânia, com 99,62% de cobertura de água e coleta de esgoto, registrou perdas de apenas 12,68% na distribuição — desempenho superior ao da líder Campinas (19,67% de perdas). O município foi reconhecido como a única capital entre as dez primeiras posições, ao lado de Campinas (SP), Limeira (SP), Niterói (RJ), São José do Rio Preto (SP), Franca (SP), Santos (SP), Uberaba (MG) e Foz do Iguaçu (PR).
O estudo reforça que, apesar dos avanços, ainda há desafios nacionais: cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e quase 90 milhões não têm coleta de esgoto – dados monitorados pelo Instituto Trata Brasil desde 2009. Na última medição, 16,9% da população não tinha acesso à água potável e 44,8% carecia de coleta de esgoto, impactando saúde, produtividade e qualidade de vida.
A Câmara Municipal de Goiânia vota nesta terça-feira (8/7), em primeiro turno, dois projetos que beneficiam professores e servidores administrativos da Rede Municipal de Ensino. A sessão especial ocorrerá no Colégio Santa Clara, durante as comemorações dos 215 anos do bairro de Campinas.
Os projetos, enviados pelo Executivo e aprovados pela Comissão de Constituição e Justiça, garantem reajuste salarial para os professores e um bônus de R$ 850,00 para os servidores administrativos em julho, o que beneficiará diretamente seis mil trabalhadores.
A inclusão das matérias na pauta foi determinada pelo presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (PRD).
“Os projetos que tratam dos benefícios aos servidores são prioridades, para aprovação antes do recesso dos vereadores”, afirmou.
A proposta do Executivo eleva o piso salarial dos professores para R$ 4.867,77. O reajuste será concedido em duas parcelas: 3% retroativos a junho e 3,27% a partir de setembro, totalizando 6,27%. O mesmo percentual valerá para benefícios como Auxílio-Locomoção e gratificações específicas.
Já os servidores administrativos receberão um bônus de R$ 850,00 neste mês, devido às atividades mantidas durante o recesso escolar. O benefício não estava previsto na legislação atual.
Os projetos ainda passarão por segunda votação antes de serem enviados ao prefeito Sandro Mabel (União Brasil). A Câmara também analisará outras quatro propostas do Executivo, incluindo a data-base de servidores municipais e auxílio-alimentação para plantonistas da saúde.
A sessão especial começará às 8h, com a entrega da Medalha Licardino de Oliveira Ney, honraria concedida a personalidades que contribuem para o desenvolvimento de Campinas.
Durante o evento abertura do Mutirão de Zeladoria na manhã deste sábado (5/7), na região Sudoeste da capital, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), disse que, após as intervenções realizadas nos primeiros meses de gestão, a cidade “já começa a ter outra cara”. Ele afirmou que depois de a prefeitura realizar mutirões de grande porte, agora os trabalhos seguem de forma mais pontual, em locais com maior demanda.
“Nós fizemos 44 mutirões nos primeiros cem dias. Agora passamos para uma zeladoria que ainda vem em forma de mutirão. O grosso já foi feito, a retirada do lixo. Aqui já se vê mais trator, funcionários roçando, limpando, pintando. Então, as coisas vão sendo feitas à medida do possível, mas a cidade já começa a ter outra cara”, afirmou Mabel.
A ação desde sábado contempla serviços em mais de 35 bairros, com limpeza, paisagismo e manutenção urbana. O lançamento da força-tarefa ocorreu na Praça Presidente Juscelino Kubitschek, no Jardim Presidente.
As equipes realizam varrição de ruas, roçagem de mato alto, poda preventiva de árvores, pintura de meio-fio e remoção de massa verde. Nas avenidas Juscelino Kubitschek, Presidente Dutra e César Lattes, que cortam setores como Novo Horizonte, Cachoeira Dourada e Jardim Presidente, foram feitas mais de 290 podas preventivas.
Nas praças públicas, como no Residencial Rio Verde, Jardim Planalto e Setor Faiçalville, estão sendo substituídos bancos, lixeiras e outros equipamentos. A Praça Presidente Juscelino Kubitschek também recebe limpeza, paisagismo e manutenção urbana. A força-tarefa segue até a conclusão do cronograma, sem afetar os serviços rotineiros nos demais bairros.
O vereador Coronel Urzêda agradeceu ao prefeito pelos serviços na região.
“Eu vou te dar um título, você vai ser o prefeito da Região Sudoeste. Essa região sempre foi esquecida. Obrigado por trazer esses benefícios”, disse.
Já o vereador Markim Goyá destacou o trabalho do prefeito: “Me admira a disposição do prefeito Sandro Mabel, no horário da manhã, já visitando os bairros e cuidando da cidade. Isso nos motiva a trabalhar cada dia mais”, pontuou.
Também participaram a vereadora Rose Cruvinel e o presidente da Comurg, Coronel Cléber.
Novas salas para vacinação

O prefeito Sandro Mabel também visitou o Ciams do Novo Horizonte, marcando simbolicamente o início da ação que, a partir de julho, abrirá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês. As salas funcionarão das 8h às 17h, como estratégia para ampliar o acesso à imunização nos fins de semana.
“Eu queria pedir a vocês que não deixem de levar seus filhos para vacinar. Hoje a vacina é gratuita para todos. Temos muitos casos de influenza e não há leitos de UTI suficientes para quem não vacina. Amanhã, seu filho pode precisar de uma UTI por um descuido. E você pode precisar de um leito e não encontrar porque não se vacinou”, alertou Mabel.
O Parlamento goiano aprovou definitivamente, nesta quinta-feira, 3, a prorrogação da validade dos decretos que declaram calamidade pública em duas secretarias da Prefeitura de Goiânia. Além disso, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) deu sinal verde, em primeira e segunda fases, ao estímulo às indústrias de biogás e biometano, à modernização das parcerias público-privadas (PPPs) e à valorização de servidores públicos, propostas do governador Ronaldo Caiado (UB). Outros destaques foram a autorização a uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata de emendas parlamentares e a um pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para adequar sua estrutura.
A manhã de trabalhos extraordinários, híbridos e autoconvocados começou com uma sessão plenária em que foram votados os pedidos da Prefeitura de Goiânia. Logo após, os deputados seguiram para reuniões das comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e Mista. Depois, voltaram ao Plenário Iris Rezende e realizaram mais duas sessões deliberativas para votar os demais projetos da pauta do dia. Na última plenária, os parlamentares aprovaram a quebra do interstício de votação das matérias apreciadas no encontro de momentos antes e lhes concedeu anuência final.
Calamidade goianiense
O Plenário concedeu, em votação única e nominal, o aval à prorrogação dos decretos que reconhecem a situação de calamidade pública financeira nas secretarias da Saúde (nº 10548/25) e da Fazenda (nº 10546/25) de Goiânia por mais 180 dias. Assinadas pelo prefeito da capital, Sandro Mabel (UB), as proposições preveem ainda, caso necessário e mediante solicitação do chefe do Executivo Municipal, a possibilidade de nova extensão pelo mesmo período de seis meses.
O texto referente à Fazenda recebeu 30 votos favoráveis e sete contrários (confira aqui o resultado do placar eletrônico). O que trata da Saúde, 22 votos “sim” e seis “não” (veja o saldo do painel aqui).
De acordo com as justificativas apresentadas por Mabel, os 120 dias previstos originalmente não foram suficientes para quitar saldo superior a 10% da dívida herdada da gestão anterior. Ele destaca que “medidas severas estão sendo tomadas até que o cenário se reverta para a situação superavitária”.
O gestor informa ainda que, após novos levantamentos, a Prefeitura goianiense apurou que a dívida total de seu Tesouro chega ao patamar de R$ 556.260.062,45. Se considerados também os débitos relativos à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) e secretarias municipais de Infraestrutura (Seinfra), de Administração (Semad) e de Saúde (SMS), o valor chega a R$3.647.285.401,62.
Trâmite atribulado
As matérias chegaram à Casa em 6 de maio e enfrentaram questionamentos e emendas durante as primeiras semanas do mês. Por isso, no dia 22, o líder do Governo na Alego, Talles Barreto (UB), encaminhou ambas para diligência ao Ministério Público de Contas (MPC), do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).
No comunicado nº 13122/25, o órgão se manifestou contra as prorrogações. Diante do embate, no dia 17 de junho, o secretário da Fazenda goianiense, Valdivino de Oliveira, compareceu a um encontro da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Alego para defender a necessidade de prolongar os decretos de calamidade. Os principais argumentos apresentados por Oliveira foram que o valor das dívidas de Goiânia é maior do que o apontado pelo TCM-GO e que a prorrogação é fundamental para garantir uma margem de negociação da Prefeitura com fornecedores e prestadores de serviço.
Hoje, durante a plenária, diversos parlamentares subiram à tribuna para defender seus respectivos entendimentos sobre a questão. O deputado Amilton Filho (MDB) se posicionou favoravelmente e disse ser sensível às dificuldades que a Prefeitura passa. No mesmo sentido, Gugu Nader (Avante) declarou: “O prefeito Sandro Mabel, hoje, fez o compromisso de que a prorrogação é para consertar e tentar arrumar a cidade e ele tem, sim, o direito de pedir essa prorrogação”. Também se manifestaram em prol da aprovação os deputados Virmondes Cruvinel (UB), Lincoln Tejota (UB) e Cristóvão Tormin (PRD).
No rol dos contrários, Clécio Alves criticou a gestão do prefeito de Goiânia e afirmou que os decretos de calamidade são uma “fraude contábil e financeira”. Os deputados Antônio Gomide e Issy Quinan defenderam o voto com embasamento técnico e declararam suas posições contrárias à prorrogação. Ambos afirmaram que o Parlamento deveria seguir o recomendado pelo TCM-GO. Por sua vez, Mauro Rubem (PT), que promoveu inclusive audiência pública com servidores municipais sobre o tema, apresentou um relatório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como base para reforçar os argumentos contra.
Iniciativas da Governadoria
Entre as propostas do Executivo aprovadas, em definitivo, está o projeto nº 16653/25, que requer a adesão de Goiás à Lei Complementar nº 93/01, de Mato Grosso do Sul, a qual prevê condições mais favoráveis para conceder benefícios fiscais do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) relativos a investimentos nas indústrias de biogás ou biometano.
Consiste, em linhas gerais, na possibilidade de o crédito especial para investimento ser formado com recursos oriundos do ICMS devido por estabelecimentos interdependentes localizados em Goiás, desde que tais empresas possuam vínculo societário objetivo com a beneficiária do projeto. Na motivação da proposta, o governador Ronaldo Caiado (UB) explica que não se trata da criação de incentivos, apenas de melhor tratamento tributário ao setor, vista a sua importância estratégica e ambiental.
Outra iniciativa também avalizada é o processo legislativo nº 16649/25, com o objetivo de modernizar e ampliar o escopo de atuação da empresa pública. Também pleiteia alterações na lei estadual que dispõe sobre o Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e autoriza a criação da Companhia de Investimentos e Parcerias do Estado de Goiás (Goiás Parcerias). Visa-se, segundo Caiado (UB), a adaptação às exigências contemporâneas de governança e atuação estatal.
A Goiás Parcerias continuará como sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), com competências reformuladas e expandidas. Entre as novas atribuições, destacam-se o apoio à implementação do programa de PPPs e de outras parcerias de interesse público e a disponibilização de bens, equipamentos e serviços à administração pública mediante contrapartida financeira.
Outro ponto é a exclusividade dos serviços prestados pela Goiás Parcerias a órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, o que possibilitará, conforme a proposta, a dispensa de licitação para determinadas contratações, com base em lei federal.
Encerrando o rol de sugestões da Governadoria aprovadas, a intenção da propositura nº 16654/25 é reestruturar o plano de carreira dos servidores da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A iniciativa é da Secretaria de Estado da Administração (Sead), a qual detalhou que quer “garantir o acesso dos servidores do quadro permanente da carreira finalística da Agrodefesa à evolução funcional pelo sistema de pontos”. Com isso, busca-se a motivação, a valorização, o engajamento dos servidores e o aprimoramento da qualidade dos serviços oferecidos à população.
Da Casa
O destaque entre as iniciativas parlamentares apreciadas e aprovadas durante esta quinta vai para a proposta de emenda à Constituição (PEC) protocolada com o n° 3158/25. Assinada por Coronel Adailton (Solidariedade), a matéria quer que, excepcionalmente, os recursos das emendas referentes ao ano passado sejam objeto de celebração de convênio ou instrumento congênere no exercício de 2025.
De acordo com o deputado, assim, confere-se maior flexibilidade e eficiência, além de se assegurar “que os recursos destinados a áreas críticas não sejam precipitadamente revertidos ao Tesouro por conta de entraves administrativos”.
Também da Casa, está apta à possível sanção a ideia de Talles Barreto (UB) para tornar obrigatório o gerenciamento adequado de resíduos sólidos em eventos públicos, privados e público-privados em Goiás. Nesse sentido, o texto nº 14614/25 traz diretrizes mandatórias com base nas legislações federais e estaduais já existentes.
A possível nova legislação determina que eventos com público igual ou superior a 200 pessoas deverão elaborar e executar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Além das exigências técnicas, o projeto valoriza ações de educação ambiental durante a realização dos encontros, buscando promover a conscientização e a mudança de hábitos entre os participantes.
Judiciário
Encaminhado pelo próprio órgão, o processo legislativo nº 16344/25 pede alterações na lei que trata da estrutura organizacional do MP-GO. Pretende-se transformar, sem aumento de despesas, 32 cargos de oficial de promotoria, 15 cargos de secretário assistente e 13 cargos de secretário auxiliar com a finalidade de aprimorar a estrutura, bem como garantir uma melhor prestação de serviços à sociedade.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Cyro Terra, a transformação vai otimizar a estrutura e a adequar às necessidades atuais, já que os cargos de secretário assistente e secretário auxiliar estão se mostrando mais essenciais ao funcionamento das promotorias de Justiça, especialmente quanto à digitalização dos processos e modernização das rotinas administrativas.
Outras medidas
Os deputados chancelaram, em fase única de votação, mais dois processos que se referem a decretos de calamidade. O de nº 6441/25 corresponde ao pedido da prefeita de Divinópolis de Goiás, Isteiner Abreu Alves de Oliveira (PP), para declaração de situação de emergência e estado de calamidade financeira na gestão do município. Enquanto isso, o de nº 15683/25, do prefeito de Niquelândia, Eduardo Niqturbo (Novo), solicita a prorrogação do Decreto Legislativo n° 129/25, que reconhece a calamidade financeira no município, por mais 90 dias, a contar da data de hoje.
Novo parlamentar
Em cerimônia realizada na manhã de hoje, Léo Portillo (Podemos) foi oficialmente empossado como deputado estadual, suplente do colega de partido Henrique César, em licença por 119 dias. No início da plenária, vários parlamentares saudaram o novo colega. Portilho foi à tribuna pela primeira vez momentos depois, agradeceu a aliados de sua trajetória política e aproveitou para declarar apoio às matérias da Prefeitura de Goiânia.
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) aprovou, na manhã desta quinta-feira (3/7), por mais seis meses, a prorrogação dos decretos que reconhecem a situação de calamidade pública financeira nas secretarias da Saúde (nº 10548/25) e da Fazenda (nº 10546/25) de Goiânia. As matérias são de autoria do prefeito da capital, Sandro Mabel.
O texto referente à Fazenda recebeu 30 votos favoráveis e sete contrários (confira aqui o resultado do placar eletrônico). O que trata da Saúde, 22 votos “sim” e seis “não” (veja o saldo do painel aqui).
De acordo com as justificativas apresentadas por Mabel, os 120 dias previstos originalmente não foram suficientes para quitar saldo superior a 10% da dívida herdada da gestão anterior. Ele destaca que “medidas severas estão sendo tomadas até que o cenário se reverta para a situação superavitária”.
O gestor informa ainda que, após novos levantamentos, a Prefeitura goianiense apurou que a dívida total de seu Tesouro chega ao patamar de R$ 556,260 milhões. Se considerados também os débitos relativos à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) e secretarias municipais de Infraestrutura (Seinfra), de Administração (Semad) e de Saúde (SMS), o valor chega a R$ 3,647 bilhões.
As matérias chegaram à Casa em 6 de maio e enfrentaram questionamentos e emendas durante as primeiras semanas do mês. Por isso, no dia 22, o líder do Governo na Alego, Talles Barreto (UB), encaminhou ambas para diligência ao Ministério Público de Contas (MPC), do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).
No comunicado nº 13122/25, o órgão se manifestou contra as prorrogações. Diante do embate, no dia 17 de junho, o secretário da Fazenda goianiense, Valdivino de Oliveira, compareceu a um encontro da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Alego para defender a necessidade de prolongar os decretos de calamidade. Os principais argumentos apresentados por Oliveira foram que o valor das dívidas de Goiânia é maior do que o apontado pelo TCM-GO e que a prorrogação é fundamental para garantir uma margem de negociação da Prefeitura com fornecedores e prestadores de serviço.
Durante a plenária, diversos parlamentares subiram à tribuna para defender seus respectivos entendimentos sobre a questão. O deputado Amilton Filho (MDB) se posicionou favoravelmente e disse ser sensível às dificuldades que a Prefeitura passa. No mesmo sentido, Gugu Nader (Avante) declarou: “O prefeito Sandro Mabel, hoje, fez o compromisso de que a prorrogação é para consertar e tentar arrumar a cidade e ele tem, sim, o direito de pedir essa prorrogação”. Também se manifestaram em prol da aprovação os deputados Virmondes Cruvinel (UB), Lincoln Tejota (UB) e Cristóvão Tormin (PRD).

No rol dos contrários, Clécio Alves criticou a gestão do prefeito de Goiânia e afirmou que os decretos de calamidade são uma “fraude contábil e financeira”. Os deputados Antônio Gomide e Issy Quinan defenderam o voto com embasamento técnico e declararam suas posições contrárias à prorrogação. Ambos afirmaram que o Parlamento deveria seguir o recomendado pelo TCM-GO. Por sua vez, Mauro Rubem (PT), que promoveu inclusive audiência pública com servidores municipais sobre o tema, apresentou um relatório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como base para reforçar os argumentos contra.
Prefeitura diz que “déficit real já chega a R$ 4,8 bilhões’
A aprovação da prorrogação da calamidade finaneira, para a prefeitura, indica que os parlamentares concordaram com os números que indicam a dívida recebida pela administração anterior. Segundo a Sefaz, o Paço Municipal enfrenta hoje um déficit real que já chega a R$ 4,8 bilhões de dívidas deixadas pela gestão passada.
“Só de consignado, tem R$ 250 milhões que a prefeitura, na gestão passada, descontou dos funcionários e não repassou para os bancos. Então, para que a gente possa ter uma negociação equilibrada com esses credores, nós precisamos ter essa calamidade”, ressalta o prefeito Sandro Mabel.
De acordo com o município, os relatórios fiscais consolidados de 2024 ainda apresentam a despesa de pessoal no limite do alerta, com percentual apurado na ordem de 49% e projeção de 52% em 2025. Além disso, a deliberação de calamidade financeira não incorrerá no descumprimento da regra da ordem cronológica de pagamento e tampouco na realização de despesas sem o devido processo licitatório.
‘A ordem é não gastar, para gerar superávit e pagar o que é devido’
O secretário da Fazenda de Goiânia, Valdivino de Oliveira, afirma que há uma diferença significativa entre o que está registrado no balanço contábil da prefeitura e a realidade financeira enfrentada pela atual gestão.
“Nós temos, de fato, um balanço e uma realidade completamente discrepantes. Enquanto o balanço da prefeitura registra um déficit de R$ 300 milhões em 2024, nós assumimos o município com um déficit real de R$ 3,6 bilhões que, seis meses depois, já alcança R$ 4,8 bilhões”, afirma.

Valdivino (foto) ressalta que a situação exige medidas rigorosas de contenção e reestruturação fiscal: “É óbvio que a prefeitura deve, e quem tem a receber quer receber. Mas, para que possamos pagar, precisamos gerar superávit. Temos que criar poupança, pois antes de tudo, precisamos executar o orçamento de 2025. É dentro dessa execução que teremos que encontrar espaço fiscal para honrar as dívidas herdadas”.
Segundo Valdivino, para viabilizar esse ajuste, é necessário a decretação de calamidade financeira.
“Ela serve justamente para que possamos apertar o cinto, gerar poupança e pagar esses déficits acumulados pela prefeitura. A ordem é clara: não gastar. É preciso conter despesas para que possamos gerar superávit e, com isso, pagar o que é devido”, explica.
O secretário da Fazenda destaca ainda que, a decretação do estado de calamidade permite não apenas reforçar o controle fiscal, mas também abrir margem para renegociações.
“Nos permite renegociar dívidas, contratos e preços com fornecedores, o que é essencial neste momento de desequilíbrio orçamentário”, conclui.
A metronização implantada pela Prefeitura de Goiânia no corredor de ônibus rápido BRT Norte-Sul entre a Praça Cívica e o Terminal Isidória diminuiu o tempo de viagem de 18 para nove minutos. O sistema libera semáforos para ônibus do transporte coletivo eliminando paradas desnecessárias.
O prefeito Sandro Mabel (UB) afirma que o ganho não se restringe ao BRT e projeta levar o sistema para outras linhas.
“Estaremos implantando nos dois eixos do BRT, mas também iremos implantar nas demais linhas ou faixas exclusivas de ônibus”, disse. A expectativa é alcançar 200 quilômetros de metronização em quatro anos.
Com o primeiro trecho em operação, a velocidade média dos ônibus saltou de 15?km/h para 22?km/h, segundo a prefeitura. O objetivo é elevar esse índice a 25?km/h em breve, ampliando a eficiência do transporte coletivo.
O trecho metronizado entre os dois terminais conta com sete estações e 15 cruzamentos semafóricos. Segundo Mabel, “a metronização de Goiânia vai fazer com que a cidade ande mais”.
“Isso vai dar uma agilidade no transporte coletivo e vai fazer com que o usuário ganhe muito tempo nas suas viagens”, diz.
Além de priorizar ônibus, o prefeito ressalta que a tecnologia beneficia todo o trânsito.
“Ela não é só a sincronização de semáforo, mas a sincronização do trânsito de uma maneira geral. […] Essa inteligência artificial vai ser aplicada em todo o processo semafórico. Nós temos 900 semáforos que serão sincronizados dessa forma”, assegura.
O secretário de Engenharia de Trânsito (SET), Tarcísio Abreu, destaca o ganho para o usuário.
“Com tags (dispositivos eletrônicos) instaladas dentro do carro, sensores, inteligência artificial, o usuário ganha exatamente isso. Redução do tempo de espera, uma viagem mais rápida e, além disso, ele ganha mais tempo com a sua família.” Abreu conclui que esse avanço torna o BRT de Goiânia “uma referência nacional”.
Entenda como funciona a metronização

O sistema opera por meio de tags (dispositivos eletrônicos) instaladas nos veículos que se comunicam em tempo real com os semáforos ao longo do trajeto. Ao identificar a aproximação do ônibus, os sensores antecipam a liberação do sinal, garantindo prioridade de passagem. A tecnologia já foi aplicada no Eixo Anhanguera, o chamado BRT Leste-Oeste, entre o trecho dos terminais Novo Mundo e Praça da Bíblia.
A modernização faz parte do programa Nova Mobilidade, que prevê renovação da frota, modernização das estações, segurança nos terminais e estímulo à mobilidade ativa, com integração a outros modais. O objetivo é recuperar a confiança no transporte público e enfrentar a sobrecarga do sistema viário provocada pelo uso excessivo de veículos particulares.
Um idoso de 60 anos ficou ferido após capotar o carro que dirigia na tarde de sábado (28/6), no Setor Central de Goiânia. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele foi resgatado consciente e sem fraturas aparentes. A ocorrência mobilizou equipes do Batalhão de Operações, Proteção Ambiental e Resposta a Desastres (BOPAR) e do Quartel do Comando Geral.
De acordo com as equipes de salvamento, o acidente aconteceu após o motorista perder o controle da direção, fazendo com que o veículo capotasse e deixasse o condutor preso nas ferragens. Os bombeiros realizaram o resgate com técnicas de salvamento veicular, escorando o carro e retirando o para-brisa com uma serra para acessar a vítima com segurança.
Após ser retirado do carro, o idoso recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhado ao Hospital dos Acidentados para avaliação e tratamento. As causas do acidente estão sendo apuradas pelas equipes da Polícia Militar e dos Bombeiros e o nome do idoso envolvido no acidente não foi divulgado pelas autoridades.
Neste final de semana, nas rodovias federais sob responsabilidade da Superintendência da PRF em Goiás, foram registrados 22 acidentes com 21 pessoas feridas e duas mortes. O esforço de fiscalização para garantir a mobilidade e a segurança viária resultou em 554 autuações de infrações de trânsito. Os PRFs fiscalizaram 1.233 veículos e 1.473 pessoas que transitaram pelas rodovias federais goianas.
Colisão frontal entre carros mata mulheres em Porangatu
Duas mulheres morreram na noite de domingo (29/6) em um grave acidente na BR-153, no km 36, em Porangatu, norte de Goiás. A colisão frontal envolveu um Fiat Strada e um Fiat Palio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a Strada seguia no sentido norte–sul e, por razões ainda desconhecidas, invadiu a contramão, batendo de frente com o outro veículo, que trafegava no sentido contrário.
As passageiras de cada carro não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Os demais ocupantes foram socorridos em estado grave e levados ao hospital da cidade. A Polícia Técnico-Científica foi acionada para fazer a perícia e as causas do acidente seguem sob investigação pelas autoridades competentes. Os nomes das vítimas não foram divulgados pelas autoridades policiais.

Homem cai de ponte e é resgatado pelos bombeiros em Mineiros
Um homem de 47 anos foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste sábado (28/6), após cair de uma ponte sobre o Córrego Mineiros, na 4ª Avenida, em Mineiros, sudoeste de Goiás. Testemunhas relataram que ele caminhava pela rua, sentou-se na mureta de proteção da ponte e, ao se desequilibrar, caiu de uma altura de aproximadamente cinco metros no leito do córrego.
O resgate durou cerca de 35 minutos e o homem apresentava corte contuso na cabeça, escoriações nos braços e ferimentos no couro cabeludo. Após receber atendimento de primeiros socorros no local, ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A identidade da vítima não foi divulgada e o estado de saúde não havia sido informado até o momento.

Piloto de parapente morre em queda às margens da BR-040 em Valparaíso
Um piloto de parapente morreu na sexta-feira (27/6) ao cair às margens da BR-040, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Edwilson Galvão, de 56 anos e capitão da Aeronáutica, sofreu múltiplas fraturas na queda ocorrida por volta das 17h50, próximo a uma loja da Havan. Socorristas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) isolaram o local, preservado pela Polícia Militar de Goiás.
Apesar das manobras de reanimação cardiopulmonar realizadas por cerca de 40 minutos, Galvão não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto no local. A dinâmica do acidente não foi divulgada pelas autoridades, que mantêm a área isolada enquanto as circunstâncias da queda são apuradas.
Representantes dos servidores e vereadora discutem situação financeira da Prefeitura de Goiânia em audiência pública
Lidiane 27 de junho de 2025
A situação financeira da Prefeitura de Goiânia e seus impactos nos serviços e servidores públicos foram tema de audiência pública realizada, na tarde desta quinta-feira, 26, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT). O assunto vem sendo debatido na Casa em função dos projetos que solicitam a prorrogação dos decretos que reconhecem a situação de calamidade pública financeira nas secretarias municipais da Saúde (nº 10548/25) e da Fazenda (nº 10546/25) da capital. As matérias estão em tramitação há mais de 30 dias.
O evento, que contou com a presença de lideranças sindicais e representantes de categorias, teve como foco os indicadores fiscais do primeiro quadrimestre de 2025. Além de Mauro Rubem na condução dos trabalhos, a mesa contou com as seguintes presenças: supervisora técnica do Dieese, Leila Brito; presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde-GO), Luzinéia Vieira; e representante do Fórum Sindical dos Servidores Públicos de Goiânia, Ricardo Manzi.
Também fizeram parte a coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Sinsed), Vera Lúcia Paulina; presidente da Associação dos Servidores do Samu, Jefferson Ferreira; representante do vereador Fabrício Rosa (PT), Diogo Mota; vereadora Kátia Maria (PT); e a secretária-geral do Sintego, professora Ludmylla Morais.
O deputado Mauro Rubem abriu a audiência expressando a importância de debater a situação financeira de Goiânia, especialmente em meio à discussão sobre a prorrogação da calamidade financeira na prefeitura. Ele ressaltou que o ambiente na Assembleia é desfavorável à aprovação da prorrogação, que não ainda foi votada e que, provavelmente, só voltará a ser discutida em agosto.
Rubem destacou o orgulho pela atuação do fórum de entidades e servidores em defesa do serviço público e da sociedade, citando a importância da assessoria qualificada do Dieese, custeada pelas contribuições dos trabalhadores. Ele também direcionou a atenção para a situação crítica de alguns serviços municipais, exemplificada pelo caos nas maternidades e a dificuldade das unidades de saúde em adquirir medicamentos.
Leila Brito enfatizou que as informações apresentadas pelo Dieese são baseadas em dados institucionais consolidados e consistem em um trabalho de assessoramento técnico para entidades do serviço público, garantindo a precisão e solidez das análises. Ela explicou que a avaliação se baseia nos indicadores fiscais da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), considerando despesas de pessoal, receitas da prefeitura, limites de gastos e endividamento, este último um ponto central na justificativa da prefeitura para a prorrogação da calamidade.
A supervisora detalhou a complexidade da análise, que vai além de uma simples comparação entre despesas e receitas, exigindo a consideração de critérios específicos da LRF, como despesas não computadas e receitas deduzidas, para se chegar a um indicador preciso da capacidade de pagamento. Ela ressaltou a importância de analisar os números para fornecer uma fundamentação sólida para a ação sindical e para entender as previsões orçamentárias relacionadas a gastos com pessoal e encargos.
Reivindicações
Vera Lúcia Paulina afirmou que Goiânia é um município “super-habitado” e rico em recursos econômicos, mas que a população pobre e trabalhadora enfrenta condições de vida difícil. Ela lamentou a falta de engajamento popular nos movimentos promovidos pelas entidades, atribuindo isso à percepção de que as coisas não mudarão por esses caminhos e enfatizou a necessidade de mobilizar a população.
A coordenadora geral do Sinsed descreveu a situação como de “miséria, tristeza e doença”, citando casos de trabalhadores da educação e saúde que enfrentam dificuldades. Segundo ela, os dados técnicos já são claros: não há justificativa para a calamidade financeira. A representante do Sinsed concluiu que a classe trabalhadora possui a capacidade de promover a mudança e que as repetidas greves desde 2022, que terminaram em negociações insatisfatórias, de acordo com Vera Lúcia, demonstram a necessidade de uma mobilização mais ampla.
Ludmylla Morais apontou que a “calamidade” em Goiânia tem “nome, CPF e endereço”, sendo representada pelos administrativos da Educação, cuja lei de regência está há 14 anos sem a devida correção. Ela denunciou que a verdadeira calamidade é a dificuldade da população em acessar serviços de saúde, como a falta de pediatras e a negação de afastamentos médicos para trabalhadores adoecidos.
Morais defendeu que o avanço só será possível se a Assembleia Legislativa não aprovar a calamidade financeira, que, segundo ela, não existe na prefeitura de Goiânia. Ela cobrou o posicionamento do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) e do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra a aprovação. A secretária-geral expressou decepção com a prefeitura, que sinalizou um retrocesso em relação ao retroativo e à database dos administrativos da Educação, propondo um reajuste irrisório que não atende às necessidades da categoria.
Calamidade contestada
A vereadora Kátia Maria reiterou que a calamidade administrativa da prefeitura não possui amparo legal, destacando que a dívida do município não atinge sequer 10% do limite permitido, contrariando a narrativa de crise. Ela criticou a gestão municipal por agir de forma irresponsável e por apresentar documentos genéricos, sem comprovações concretas, para justificar a suposta calamidade, chegando a incluir dívidas prescritas.
Kátia considerou incoerentes os gastos da prefeitura com itens como veículo blindado, eventos musicais e festas juninas, enquanto se declara em calamidade. Ela afirmou que a declaração de calamidade é uma manobra orçamentária para permitir desonerações, contratações diretas sem licitação e o não cumprimento da LRF. Concluindo, Kátia Maria ressaltou que dados técnicos do Dieese, TCM-GO e MP-GO comprovam a inexistência da calamidade financeira, e que a pressão política é fundamental para evitar que a Assembleia Legislativa autorize mais seis meses de um “cheque em branco” para a prefeitura.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na quarta-feira (25/6), projeto de lei que proíbe o corte de energia elétrica em unidades de saúde da rede municipal. A medida, de autoria do vereador Lucas Kitão (União Brasil), determina que hospitais, clínicas, postos de saúde e UPAs tenham fornecimento ininterrupto, independentemente da situação do pagamento. O relatório favorável foi assinado pelo parlamentar Geverson Abel (Republicanos).
Segundo o texto, a concessionária de energia deverá manter o serviço ativo em todas as unidades de saúde do município, mesmo diante de contas em atraso.
“As unidades de saúde são responsáveis por serviços essenciais à população”, defende Kitão, lembrando que respiradores, incubadoras e equipamentos de diálise dependem de eletricidade.
Kitão cita episódio de outubro de 2024, quando o Cais Campinas, o Cais Novo Mundo e a UPA do Residencial Itaipu sofreram cortes no fornecimento.
“Não é o caso desta gestão, que está trabalhando para manter as contas em dia, mas é uma ressalva importante para a administração municipal”, afirma.
Ele acrescenta que o objetivo é evitar “novos cortes” provocados por “gestões atrapalhadas que atrasam o pagamento”.
O projeto prevê ainda que a concessionária deve comunicar à Secretaria Municipal de Saúde, com antecedência mínima de cinco dias, qualquer interrupção programada. Segundo o vereador, isso dará tempo para adoção de medidas de contingência e garantirá a manutenção dos serviços emergenciais. A matéria agora segue para primeira votação em plenário.
Equatorial afirma que segue normas federais e da Aneel
Em nota divulgada em novembro de 2024, a Equatorial Goiás, concessionária de energia elétrica em Goiânia, ressaltou que é “concessionária do serviço público federal de energia elétrica” e, por isso, “está submetida à legislação do setor elétrico brasileiro e às normas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”.
A empresa enfatizou que apenas a União tem competência para legislar sobre energia elétrica, o que, segundo ela, torna leis municipais sobre o tema conflitantes com a Constituição.
Sobre os cortes realizados no ano passado, a distribuidora explicou que agiu “em observância às regras estabelecidas na resolução 1.000/2024 da Aneel, que exige notificação ao cliente sobre o corte com 15 dias de antecedência”.
A Equatorial afirmou ter enviado os comunicados e tentado negociar a quitação dos débitos, mas, sem sucesso, suspendeu o fornecimento. Antes de interromper o serviço, segundo a empresa, técnicos confirmaram “in loco” a presença de grupo gerador para não prejudicar o atendimento emergencial da população.




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