30 de setembro de 2025
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O governador Ronaldo Caiado (UB) participou nesta segunda-feira (18/8), de entrevista por videoconferência aos programas Café com a Gazeta do Povo e Estúdio i, da GloboNews, reforçando a ideia de que a união da centro-direita no país deve ser para evitar a reeleição de Lula em 2026. O pré-candidato à presidência destacou que o foco deve ser a disputa eleitoral e não questões secundárias, como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que “não vai resolver os problemas do país” nem alterar o curso das eleições, pontuou.

“Principal objetivo é tirar o Lula, é ganhar as eleições no dia 4 de outubro de 2026. Até lá, são 14 meses”, frisou Caiado.

“Médico incompetente pode fazer diagnóstico errado. Você tem de saber primeiro identificar o que é causa e o que é efeito. Senão, você mata o doente. Então, você quer fazer medida politiqueira ou quer saber a medida que vai resolver o problema do país?”, refletiu.

Caiado pontuou que o curso dos acontecimentos que vão definir o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) independe da vontade de terceiros e que o impeachment de ministros não passa de ação com potencial de desestabilizar o cenário.

“Nada impedirá o julgamento no dia 2 de setembro. Você vai também revogá-lo? Ou criar uma situação para o Brasil ter um presidente que possa implantar uma anistia ampla, geral e irrestrita?”, observou o governador, que defende a anistia, porém, como forma de pacificar o país.

Segundo Caiado, há a necessidade de manter a unidade da centro-direita, que, segundo ele, já está consolidada entre os principais governadores.

“Está muito bem consolidado. Há poucas semanas, estivemos reunidos em Brasília: eu, Ratinho Jr (Paraná), Tarcísio Freitas (São Paulo), Zema (Minas Gerais), também pré-candidatos à presidência, e todos nós estamos tranquilos. Aquele que chegar ao segundo turno terá o apoio dos demais”, declarou.

Caiado criticou ainda as ações do governo federal para minimizar os impactos decorrentes da tarifação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil.

“Nós não temos nada a ver com essa política do Lula de provocar o presidente norte-americano, Trump. Não queremos enfrentamento com nenhum país”, frisou.

 “Minha posição é contrária ao tarifaço. Cabe a mim defender o emprego, o desenvolvimento da renda e das indústrias de Goiás”, disse.

Sua pré-candidatura, disse, tem como propósito oferecer ao país estabilidade e responsabilidade na condução do governo.

“Serei candidato a presidente da República com o compromisso de pacificar o país, promovendo equilíbrio fiscal e desenvolvimento, com capacidade de renda e IDH. É exatamente o que consigo fazer com um mandato”, concluiu Caiado.

Autor Rogério Luiz Abreu


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), afirmou que os partidos da direita devem chegar à disputa presidencial de 2026 com candidaturas diversas e, no segundo turno, se unir em torno de um nome. O movimento, segundo ele, é a melhor estratégia para derrotar o governo atual. A fala ocorreu durante participação na Expert XP 2025 (evento digital com palestras sobre mercado financeiro), em São Paulo, no sábado (26/7).

Respondendo a uma pergunta do diretor institucional da XP, Rafael Furlanetti, Caiado disse que, quando se lança um único candidato no primeiro turno, o PT tem a oportunidade de usar a máquina pública para “destruir” essa pessoa.

“Eles concentram o ataque em um só. Mas, quando somos três candidatos, por exemplo, não dá para atingir todos ao mesmo tempo. E, no final, um de nós vai chegar ao segundo turno – e todos os outros estarão juntos”, acredita.

Caiado, lançou sua pré-candidatura em abril deste ano, pelo União Brasil (UB), pediu que “acreditem” na direita, porque, segundo ele, “sabe fazer política”.

Governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ratinho Júnior, do Paraná, também participaram do evento

“E, mais do que isso, sabemos governar. Governamos nossos estados com diálogo e responsabilidade”, acrescentou.

Ele ainda reconheceu a importância da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro e o alcance dos demais nomes cotados para as eleições, mas disse que “cada um tem sua área de influência”. Os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, também participaram do evento.

Para o governador goiano, a direita compartilha do sentimento de que a gestão Lula não conseguiu, ao longo dos últimos três anos, enfrentar os problemas da segurança pública, saúde e educação. Em vez disso, de acordo com Caiado, centrou sua gestão na “fofoca e na politicagem”. No que diz respeito às negociações para derrubar o tarifaço, os governadores fizeram coro quanto à ineficiência das negociações diplomáticas conduzidas pelo Brasil com os Estados Unidos.

Não temos mais um verdadeiro presidencialismo’

Caiado também levantou a bandeira do presidencialismo e disse que, ao ser eleito, “vai fazer valer” esse sistema de governo. O pré-candidato mencionou que, ao longo dos seus 24 anos de mandatos no Congresso Nacional, os parlamentares priorizavam a discussão sobre temas relevantes para a sociedade, enquanto atualmente a atuação dos congressistas está contaminada pela distribuição de verbas para emendas impositivas.

“A preocupação hoje é saber quanto cada um tem de emenda impositiva: se é individual, de comissão ou de bancada. Ou seja, houve uma deformação. Não temos mais um verdadeiro presidencialismo. Essa é a verdade”, avaliou.

Para ele, esse processo tem um efeito dominó, que chega aos estados e municípios.

“Imagine um prefeito que mal consegue manter a folha de pagamento e ainda tem que lidar com emendas impositivas. Então, essa questão precisa ser discutida”, finalizou o governador.



Autor Manoel Messias Rodrigues