A Justiça acolheu pedido do Ministério Público de Goiás e determinou, nesta segunda-feira (29/9), que a Casa de Carnes Frigorífico Goiás Ltda. retire, em até 48 horas, qualquer cartaz, publicação ou mensagem com teor discriminatório contra consumidores por convicção político-partidária. A decisão liminar atendeu a pedido feito em ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, da 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia.
De acordo com a ação, o estabelecimento teria exposto em setembro um cartaz com a frase “Petista aqui não é bem-vindo”, além de publicações em redes sociais reforçando a mensagem. No dia 7 de setembro, o representante legal da empresa, Leandro Batista Nóbrega, escreveu no Instagram: “Não atendemos petista”.
Para o Ministério Público, as manifestações configuram prática abusiva e discriminatória, em violação ao Código de Defesa do Consumidor, à Constituição Federal e a valores democráticos.
Ao analisar o pedido, o juiz Cristian Battaglia de Medeiros, da 23ª Vara Cível de Goiânia, reconheceu a probabilidade do direito e o risco de dano decorrente da manutenção das mensagens.
“A manutenção dos cartazes e das publicações discriminatórias, aparentemente, viola os direitos fundamentais de parcela indeterminável da população”, destacou na decisão.
A Justiça ordenou que a empresa retire imediatamente qualquer conteúdo discriminatório de seu estabelecimento físico e de suas redes sociais. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, além da possibilidade de responsabilização criminal por desobediência.
O juiz também determinou a citação da empresa para apresentar defesa em até 15 dias, sob pena de revelia, e abriu a possibilidade de audiência conciliatória.
Caso repercute em sessão da Assembleia Legislativa
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (30/9) da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Mauro Rubem (PT) utilizou a tribuna para comentar o caso. O parlamentar denunciou a discriminação no Ministério Público e no Procon Goiás.
Ele condenou a conduta do dono do estabelecimento por discriminar “pessoas filiadas ou simpatizantes do Partido dos Trabalhadores”.
Para Rubem, as propagandas “afrontam a dignidade das pessoas”, além de ser um ato claro de violência política. Ele pontuou que “se a lei não puder servir para todos, isso não é um país. E não é a primeira vez [que o empresário transgride a lei], ele é reincidente”.
Já o deputado Amauri Ribeiro (UB) parabenizou o empresário Leandro Batista, dono do frigorífico. Segundo Ribeiro, é um direito dele, como cidadão, considerar quem não é bem-vindo, mesmo não tendo a entrada proibida.
“Na minha casa, petista não entra. Processe-me, deputado. O senhor só gosta de invasor de terra e de propriedade”, declarou.
Ele defendeu, ainda, o direito de qualquer cidadão de não aceitar pessoas filiadas ao PT e políticos do partido em lojas.
Demissões a partir da 4ª (1º.out) atingem Nasa, CDC e FDA e marcam a maior dispensa de funcionários federais em 1 ano nas últimas 8 décadas
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), oficializou nesta 3ª feira (30.set.2025) o desligamento de 154 mil funcionários públicos que aceitaram pacotes de demissão voluntária. É a maior dispensa do país em 1 ano nas últimas 8 décadas. A medida foi pensada com a ajuda de Elon Musk, que à época integrava o Doge (Departamento de Eficiência Governamental).
As demissões fazem parte do programa de desligamento implementado pela Casa Branca para reduzir o tamanho do funcionalismo federal. O programa combinou incentivos financeiros com aviso prévio de desligamento para funcionários que não aceitassem voluntariamente as ofertas. Muitos permaneceram na folha de pagamento até setembro, mesmo já afastados das funções.
As dispensas serão efetivadas a partir de 4ª feira (1º.out), afetando a Nasa (cerca de 4.000 funcionários), o Serviço Nacional de Meteorologia (cerca de 200) e órgãos de saúde como o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, em português) (cerca de 2.400) e a FDA (Food and Drug Administration) (cerca de 3.500). As informações são da Reuters.
No Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura, cerca de 1.200 funcionários, equivalente a 17% da força de trabalho da agência, aceitaram os pacotes de demissão.
IMPACTO
O governo federal gastou US$ 359 bilhões em salários e benefícios para funcionários civis no ano fiscal de 2023. Com as demissões em curso, a administração estima economia anual de US$ 28 bilhões, de acordo com McLaurine Pinover, porta-voz do Escritório de Pessoal e Gestão.
Trump argumenta que a força de trabalho federal tornou-se grande demais e ineficiente. A administração planeja dispensar aproximadamente 300 mil trabalhadores até o final de 2025, representando uma redução de 12,5% no funcionalismo federal desde janeiro.






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