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22 de agosto de 2025
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  • 14:10 Pellozo inaugura Laboratório Maker em escola de Senador Canedo


O deputado Charles Bento (MDB) apresentou o projeto de lei nº 15314/25, para instituir, em 14 de julho, o Dia Estadual da Conscientização e Combate ao Ceratocone. O projeto foi encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), para relatoria do deputado André do Premium. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de estudos oftalmológicos indicam um crescimento na incidência do ceratocone, uma doença ocular progressiva e degenerativa que deforma a córnea, levando à perda de visão e, em casos graves, à cegueira, muito comum na adolescência.

Embora seja comum, a enfermidade costuma ser frequentemente subdiagnosticada, retardando o início do tratamento e comprometendo a qualidade de vida do paciente. Sua incidência crescente em países tropicais como o Brasil afeta jovens em fases importantes de suas vidas, tanto na escolar como na profissional, impactando o convívio social do indivíduo.

Segundo Bento, “instituir uma data oficial para a conscientização sobre o ceratocone contribuirá para ampliar o conhecimento da população a respeito da doença, incentivando o diagnóstico precoce, a busca por acompanhamento especializado e o acesso ao tratamento adequado, como o uso de lentes específicas, procedimentos cirúrgicos e, nos casos mais avançados, o transplante de córnea”.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Uma megaoperação com 65 policiais civis resultou, nesta sexta-feira (11/7), na prisão de Osmarildo da Gama Borges, conhecido como “Kauã Cigano” ou “Júnior”, condenado a mais de 25 anos por feminicídio cometido em 2018 em Caldas Novas. Ele foi localizado na zona rural de Santa Rita do Novo Destino, no Povoado de Placa, onde se escondia com ajuda de familiares. Segundo a Polícia Civil, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em chácaras e casas ligadas a parentes do condenado, integrantes de uma comunidade cigana.

Durante a operação, os policiais apreenderam dez armas de fogo, pistolas, revólveres, espingardas e rifles, além de 624 munições de vários calibres. Cinco pessoas foram presas em flagrante por posse e porte ilegal de armas e munições. A megaoperação contou com agentes do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas, delegacias de Goianésia, Ceres e Uruaçu, CORE/GT3, unidades de inteligência regionais e Esquadrão de Drones.

Osmarildo havia fugido em março deste ano, após ser interrogado no plenário do júri popular que o condenou. Desde então, a Polícia Civil monitorava locais suspeitos de esconderijo com apoio de inteligência. “Kauã Cigano” foi condenado por matar a companheira com vários tiros no Povoado Nossa Senhora de Fátima, em Caldas Novas, após desconfiar que ela estava grávida de outro homem, hipótese descartada por laudo pericial.

Na época do crime, ele gravou um vídeo confessando o assassinato e enviou a familiares dizendo que ela queria terminar o relacionamento. As buscas na comunidade cigana encontraram evidências do apoio de familiares para a fuga e ocultação do condenado. O local onde ele se escondia era de difícil acesso e afastado, dificultando as diligências.

O arsenal apreendido incluía armas de uso permitido e restrito, reforçando as suspeitas de apoio da rede familiar na proteção do foragido. Segundo a Polícia Civil, as investigações agora se concentram em identificar outros possíveis colaboradores. A operação foi considerada uma das maiores já realizadas pelo GIH e servirá de modelo para novas ações em áreas rurais.

A ação foi deflagrada pelo GIH de Caldas Novas com apoio da 15ª DRP de Goianésia, 10ª DRP de Ceres, 18ª DRP de Uruaçu, CORE/GT3 e equipes de inteligência. A polícia ressaltou a importância do trabalho conjunto para capturar foragidos perigosos e retirar armas ilegais de circulação. O condenado foi encaminhado para cumprimento da pena.



Autor Felipe Fulquim


Brasileiros terão de desembolsar mais de R$ 2.400 para obter o documento; taxa afetará vistos de turismo e demais categorias

O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei que impõe uma taxa extra de US$ 250 (aproximadamente R$ 1.400 na cotação atual)  para a emissão do visto norte-americano. A medida faz parte do pacote “One Big Beautiful Bill Act” (Um Grande e Belo Ato, em português), publicado no dia 4 de julho. Eis a íntegra (PDF – 869 kB). 

O reajuste vale para todas as solicitações da categoria de não imigrante e afeta brasileiros que queiram tirar o visto de turismo.

O visto de turismo e estudo atualmente custam US$ 185 ou R$ 1.028,60, segundo o Consulado dos EUA no Brasil. Somando a nova taxa, a emissão ficará em US$ 435 (R$ 2.418,60), mais do que o dobro do valor atual.

A lei determina que a taxa será reajustada anualmente pela inflação a partir do ano fiscal de 2026, com base no índice de preços norte-americanos. Se a inflação estiver mais alta, a taxa sobe.

Eis as principais mudanças com a nova tarifa. Clique aqui para abrir em nova guia. 

A taxa ainda não consta no site do governo norte-americano que disponibiliza informações sobre a emissão do  visto, por isso ainda não é possível afirmar quando ela entra em vigor.

A taxa não poderá ser dispensada ou reduzida, embora possam ser concedidos reembolsos em casos específicos, como:

  • emergências médicas ou assistência ao governo dos EUA;
  • pessoa que tenha cumprido todas as condições do visto de não imigrante após a entrada no país, incluindo não aceitar emprego não autorizado;
  • pessoa que não buscou estender sua estadia nos EUA durante a validade do visto e partiu do país em até 5 dias após o último dia do período legal;
  • pessoa que, durante a validade do visto, conseguiu uma extensão do status de não imigrante ou se tornou um residente permanente legal.

Os fundos arrecadados, após eventuais reembolsos, serão depositados no fundo geral do Tesouro norte-americano.

O Poder360 entrou em contato com o Consulado dos EUA em Brasília por e-mail para saber se há uma data para a aplicação da taxa, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado quando a informação estiver disponível.



Autor Poder360 ·


Promulgado em 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um marco da legislação brasileira que redefiniu, fundamentalmente, a percepção da sociedade sobre a infância e a adolescência. O ECA é a espinha dorsal da doutrina da proteção integral, elevando crianças e adolescentes à condição de verdadeiros sujeitos de direito, com necessidades e vulnerabilidades que exigem proteção e garantias específicas.

A força do ECA reside em dois princípios basilares: o princípio do melhor interesse do menor, que orienta todas as decisões que impactam a vida de crianças e adolescentes, priorizando sempre seu bem-estar superior; e o princípio da prioridade absoluta, consagrado no art. 227 da Constituição Federal, que estabelece que os direitos infantojuvenis devem ser tratados com a mais alta urgência e consideração em todas as esferas, desde a formulação de políticas públicas até as decisões cotidianas.

A partir desses pilares, o Estatuto assegura direitos fundamentais, como vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade, convivência familiar e comunitária, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização e proteção no trabalho. Celebrar o aniversário do ECA é, portanto, a renovação de um compromisso coletivo com a garantia de dignidade e plena cidadania para as futuras gerações.

Goiás: protagonismo legislativo na proteção infantojuvenil

O Estado de Goiás tem demonstrado protagonismo no compromisso de proteger os menores de idade. No primeiro semestre de 2025, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por meio de sua Comissão da Criança e Adolescente, atuou ativamente na proteção infantojuvenil, aprovando oito projetos de lei. Além dessas, outras propostas sobre o tema seguem em tramitação.

Entre as iniciativas já aprovadas, destaca-se o projeto de autoria da deputada Bia de Lima (PT), de nº 3435/24, que estabelece a Política Estadual de Controle Parental do Acesso à Internet. A proposta visa a promover o uso responsável da internet por jovens e conscientizar pais e responsáveis.

O texto do projeto de lei estipula ao Poder Executivo estadual, por meio dos órgãos competentes, a promoção de campanhas educativas, seminários, e workshops visando à disseminação de informações sobre a importância do controle parental do acesso à internet. Além disso, as escolas estaduais serão incentivadas a incluir em suas atividades curriculares conteúdos educativos sobre segurança na internet, promovendo a conscientização desde cedo.

Seguindo a linha da segurança digital, os projetos dos deputados Wilde Cambão (PSD), nº 14320/24, e Talles Barreto (UB), nº 6435/23, também receberam pareceres favoráveis. As iniciativas propõem política e campanha, respectivamente, para assegurar a segurança dos jovens na internet. 

Em tramitação, o projeto de lei nº 24298/24, proposto pelo deputado Dr. George Morais (PDT), aborda uma questão vital: a obrigatoriedade de comunicação aos conselhos tutelares sobre sinais de maus-tratos em crianças e adolescentes identificados por profissionais das redes de ensino pública e privada. A relatora Bia de Lima manifestou-se favorável ao processo, desde que acatadas as propostas de emendas sugeridas. 

Adicionalmente, o projeto de lei nº 3438/24, de autoria do deputado Anderson Teodoro (Avante), busca criar a Política Estadual de Prevenção ao Afogamento Infantil, visando a implementar ações educativas e estruturais que previnam acidentes em ambientes aquáticos.

O presidente da Comissão da Criança e Adolescente, Alessandro Moreira (PP), ressaltou a importância do trabalho do colegiado: “Neste ano, pudemos debater temas de suma importância, dos quais destaco o Imposto Solidário. Trabalhar nos comandos dessa comissão é gratificante, pois acredito que somente uma sociedade que zela por suas crianças e seus adolescentes pode se desenvolver com justiça e igualdade”, afirmou.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


O padre César Luís Garcia, de 71 anos, morreu na noite desta sexta-feira (11/7), em Goiânia. A informação foi divulgada nas redes sociais da Paróquia Mãe de Misericórdia, no Setor Sul, em Goiânia, onde ele atuava como pároco. O sacerdote estava em tratamento contra um câncer, mas a causa oficial da morte não foi informada. O velório ocorre neste sábado (12/7), na própria paróquia, com missa marcada para às 15h e sepultamento às 17h, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Natural de Itauçu e ordenado em 1984 por Dom Fernando Gomes dos Santos, padre César também foi professor da PUC Goiás, ocupou cargos públicos e lançou um livro sobre Iris Rezende. A Arquidiocese de Goiânia lamentou a perda e agradeceu pela missão frutífera do sacerdote. “Unamo-nos em oração, com fé e na esperança da ressurreição, confiantes na misericórdia de Deus. Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno, e que a luz perpétua o ilumine”, escreveram em nota publicada nas redes sociais.

Ronaldo Caiado também manifestou pesar pela morte do líder religioso. “Com tristeza, Gracinha e eu recebemos a notícia da morte do Padre César Luís Garcia, que dedicou a vida ao sacerdócio, educação e serviço público. Que Deus o receba com misericórdia e conforte familiares, amigos e a comunidade católica”, escreveu o governador de Goiás.

O governador em exercício, Daniel Vilela, destacou a amizade e liderança espiritual do padre. “Recebo com profundo pesar a notícia do falecimento do meu amigo, padre César Luís Garcia. Uma perda imensa para todos nós que convivemos com sua fé, generosidade e amor ao próximo. Rezo a Deus que o receba com carinho e conforte os corações de todos”.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, também prestou homenagem. “Foi com imensa tristeza que eu e a Karol soubemos do falecimento do Pe. César Luís Garcia. Queremos expressar nossos mais sinceros sentimentos à sua família, amigos e à comunidade que tanto admirava e se beneficiava de seu trabalho. Que Deus conforte os corações de todos os que o conheceram”.

No último dia 1º de julho, a paróquia havia promovido a campanha “Livro de Ouro” para arrecadar doações e mensagens de apoio ao padre, que enfrentava altos custos com o tratamento médico. Em nota, a comunidade ressaltou: “Padre César dedicou sua vida à comunidade, semeando fé, esperança e amor. Suas palavras e ações sempre nos guiaram e inspiraram”.



Autor Felipe Fulquim


Uma das mais autênticas manifestações culturais do Nordeste goiano, a festa junina de Buritinópolis poderá ser reconhecida oficialmente como Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás. A proposta foi apresentada pelo deputado Amilton Filho (MDB), por meio do projeto de lei nº 17014/25, o qual também busca incluí-la no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado. A cidade dista cerca de 470 km de Goiânia.

A festa, que ocorre anualmente na segunda quinzena de junho, tem suas raízes nos anos 1980, quando o então distrito de Martinópolis (hoje Buritinópolis) via seus primeiros moradores e comerciantes celebrarem São João de forma espontânea. Com o tempo e a emancipação política do município em 1993, a festa ganhou estrutura e atrações, transformando-se na maior e mais tradicional celebração junina da região, incorporando apresentações musicais, quadrilhas e concursos.

Amilton Filho anota que a festa vai além de uma celebração, cumprindo um papel relevante na manutenção das tradições populares, na valorização da cultura regional e no fortalecimento dos laços comunitários. Segundo ele, a celebração representa um reencontro simbólico para ex-moradores, que retornam de diversas partes do país para reviver suas raízes e visitar familiares, evidenciando o profundo vínculo que une a comunidade à sua história.

Além de seu valor cultural e social, a festa desempenha um papel significativo na economia local. Ao atrair visitantes e movimentar o comércio, o evento impulsiona o turismo e contribui diretamente para a geração de emprego e renda no município. A persistência dessa tradição, que atravessa gerações, reflete o espírito acolhedor e festivo do povo goiano, resultado do empenho de gestores municipais e da comunidade, mesmo diante de desafios.

A oficialização do festejo de Buritinópolis como patrimônio cultural e sua inclusão no calendário estadual são vistas como medidas essenciais para garantir maior visibilidade, valorização e o apoio institucional necessário para a continuidade e a preservação dessa manifestação cultural.

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde será distribuído à relatoria parlamentar.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela, e o secretário de Infraestrutura, Alfredo Soubihe, visitaram nesta sexta-feira (11/7) as obras de construção de galerias pluviais e pavimentação da Alameda B, no setor Chácara São Pedro. A via, que sofria com alagamentos em períodos chuvosos, foi apontada como uma das prioridades da atual gestão. Cerca de 30% das galerias já estavam concluídas e a previsão era finalizar toda a obra, com asfalto, em até 60 dias. A rede de drenagem irá captar as águas das chuvas da Alameda B e da Rua P-7, direcionando o volume para o Córrego Almeida, que passa a cerca de 100 metros do local.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), os trabalhos são executados com recursos próprios da Prefeitura e mão de obra das equipes do município. Após acompanhar os trabalhos na Chácara São Pedro, o prefeito também conferiu o andamento das obras de reconstrução da base e do asfalto na Avenida Santana. A gestão destacou que essas intervenções visam melhorar a qualidade de vida dos moradores e resolver problemas antigos de infraestrutura.

Presente durante a visita, a reportagem do Portal NG conversou com o prefeito, o secretário e moradores da região. “Essa é uma demanda antiga da população desta região. Em todo período chuvoso a inundação atrapalhava o trânsito. Atendendo às reivindicações de moradores e vereadores da região, organizamos um plano para fazer as intervenções necessárias para realizar essa obra que vai trazer uma solução definitiva para esse problema. Em breve, faremos intervenções em outros locais da cidade que passam por problemas semelhantes como na Vila Brasília”, revelou o prefeito Vilela.

O titular da Seinfra evidenciou a importância da obra para resolver a demanda de escoamento da água das chuvas. “Já avançamos na parte mais complexa desta obra. Até o próximo período chuvoso esse problema da Chácara São Pedro estará resolvido em definitivo”, reforçou o secretário de Infraestrutura. 

O profissional autônomo, Fernando Silva, morador da Alameda B, comemorou o anúncio da finalização da obra antes do início das chuvas. “Tem oito anos que moro aqui e vivo esse sofrimento junto com meus vizinhos. A inundação toma conta de todos os espaços e atrapalham nosso deslocamento. Essa obra será uma benção para nós e vai nos ajudar bastante”, comemorou. 

Também morador da região e dono de um terreno que foi cedido para Prefeitura, por onde passa um trecho da obra em construção, o coronel Meireles Virmondes, evidenciou a relevância deste trabalho em benefício dos moradores da região. “É importante para nós a realização desta obra. Graças à Deus passaram várias gestões que não resolveram esse problema. Pude colaborar com a cessão do terreno para que as intervenções fossem feitas pela Prefeitura e beneficiasse todos nós moradores desta região”, destacou.

Prefeitura anuncia construção de CMEI Chácara São Pedro

Durante a visita, o prefeito Vilela também anunciou que está em fase inicial de construção, o CMEI Chácara São Pedro, que já está recebendo os trabalhos de fundação e alicerces. Com investimento total de R$ 3 milhões – sendo R$ 1,56 milhão do Tesouro Municipal e R$ 1,43 milhão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a unidade deve ser entregue até março de 2026.

A nova creche contará com 10 salas de aula, sala para pessoas com deficiência, sala multiuso, 6 solários, 4 sanitários infantis, pátio coberto, playground, lavanderia, sanitário PCD, cozinha, despensa, secretaria, lactário e fraldário. A previsão é de atendimento a quase 200 crianças, com turmas desde o berçário até a pré-escola.



Autor Felipe Fulquim


Uma das propostas garante o exame anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade e a outra antecipa o rastreamento mamográfico

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou na quarta-feira (9) dois projetos de lei que ampliam o acesso à mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma das propostas garante o exame anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade (PL 499 de 2025). A outra antecipa o rastreamento mamográfico para aquelas que têm histórico familiar de câncer de mama ou de ovário (PL 3.021 de 2024): nesses casos, o exame será feito a partir dos 30 anos de idade.

As duas propostas poderão seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para que sejam votadas no Plenário do Senado.

Atualmente a recomendação do Ministério da Saúde para a realização de mamografia é para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. O exame antes dos 50 anos só acontece pelo SUS em situações específicas, como na avaliação de câncer hereditário ou ocorrência de alterações perceptíveis nas mamas. No entanto, o autor do PL 499 de 2025, senador Plínio Valério (PSDB-AM), argumenta que as entidades médicas recomendam o rastreamento anual a partir dos 40, pois cerca de 25% dos diagnósticos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50 anos.

A relatora da proposta, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), deu parecer favorável ao texto. Ela apresentou dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) que indicam que mais de 70 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama todos os anos no Brasil, número que segue crescendo. É o segundo tipo mais comum de câncer maligno entre as brasileiras, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Além disso, é o câncer que mais mata mulheres, ressaltou a relatora. Em 2022 foram cerca de 20 mil mortes em decorrência da doença no país, o que equivale, em média, a uma morte a cada 30 minutos.

“O projeto tem o mérito de enfrentar essa lacuna da política pública, ao conferir maior clareza normativa à inclusão das mulheres a partir dos 40 anos na estratégia nacional de rastreamento do câncer de mama. Trata-se de medida que fortalece a efetividade das ações de prevenção, contribuindo para a redução da mortalidade prematura por esse tipo de tumor”, disse Damares.

Plínio Valério informou que a motivação para a apresentação da proposta foi o contato com mulheres com câncer em fase terminal nas comunidades visitadas por ele no Amazonas. O senador disse que é constante o relato de mulheres e profissionais da saúde sobre o impacto positivo, tanto no sistema quanto na vida dessas mulheres, quando o diagnóstico é precoce e o tratamento começa na fase inicial.

“Essas mulheres que chegam em Manaus já com câncer de mama, às vezes em estado terminal, pedem ajuda. E a gente ajuda sabendo que muitas vão morrer, então estamos sempre sendo chamados à realidade”, afirmou Plínio.

Damares argumentou ainda que, com o rastreamento anual, o impacto orçamentário no SUS tende a ser, ao longo dos anos, menor, já que muitas mulheres terão oportunidade do diagnóstico precoce e, consequentemente, condições de cura sem a utilização de procedimentos ainda mais caros, como quimioterapia e radioterapia, além de evitar internações hospitalares prolongadas e intervenções cirúrgicas complexas.

Histórico familiar

De autoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE), o projeto que garante o rastreamento mamográfico a partir dos 30 anos de idade à mulher com histórico familiar de câncer de mama ou de ovário teve voto favorável da relatora, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), na forma de substitutivo (texto alternativo).

No texto aprovado na CAS, a relatora amplia a proposta original, que instituía o rastreamento antecipado apenas para mulheres com casos de câncer de mama em parentes consanguíneos até o 2º grau. O PL 3.021 de 2024 agora determina que o exame de mamografia será assegurado a partir dos 30 anos também àquelas consideradas de alto risco ou portadoras de mutação genética. Não haverá limitação de quantidade e periodicidade das mamografias, que poderão ser realizadas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como na saúde suplementar.

A iniciativa altera a Lei 11.664, de 2008, que trata das ações de saúde para prevenção, detecção, tratamento e seguimento dos cânceres do colo uterino, de mama e colorretal no âmbito do SUS.

O texto também altera a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656, de 1998) para estabelecer que os planos deverão cobrir exames de mamografia para mulheres a partir de 30 anos, quando houver solicitação médica. De acordo com o texto, não haverá limitação quanto à quantidade e frequência desses exames.

Em seu voto, lido por Damares Alves na reunião, Daniella afirma que a medida é de grande relevância para as mulheres, pois o exame é crucial para detectar o câncer no estágio inicial, período em que o tratamento tem maior chance de dar certo. A estratégia de realizar mamografia em mulheres somente a partir dos 40 anos, segundo ela, não atende às necessidades daquelas com alto risco para desenvolver a doença.

“Estudo norte-americano comparou os resultados das mamografias em mulheres com idades entre 30 e 39 anos que apresentavam fatores de risco elevado com aqueles de mulheres entre 40 e 49 anos sem os mencionados fatores de risco. As mais jovens apresentaram taxa de detecção de câncer maior do que as mulheres de idade mais avançada”, diz o relatório.

Damares Alves argumentou que o rastreamento precoce poderá resultar em economia de recursos públicos, pois o tratamento de um câncer diagnosticado em estágios avançados é mais oneroso para o sistema de saúde.

“A gente está trazendo um grupo bem específico aqui e isso não vai falir o governo, vai evitar que essa mulher tenha um sofrimento ao longo da vida. Imagina essa jovem, de 30 anos, cuja mãe teve câncer de mama, a avó teve câncer de mama, tem outros históricos de tias e primas: essa menina precisa fazer o rastreamento o mais cedo possível”, disse.

Laércio Oliveira afirmou que a motivação para a apresentação do projeto foi o contato com uma jovem que acusava sintomas do câncer de mama, tinha histórico na família, mas não conseguia mamografia pelo SUS em razão da idade. Ele disse que a aprovação dessa política pública vai evitar que muitas mulheres “fiquem pelo meio do caminho”:

“O que me levou a escrever esse projeto foi a angústia de uma mulher que me procurou lá em Aracaju pedindo socorro: Já fui em uma unidade de saúde e, na minha idade, eles não permitem, mas eu sei o que estou sentindo e tenho medo de morrer. Eu quero fazer o exame”, afirmou.


Com informações da Agência Senado.



Autor Poder360 ·


Com o objetivo de aproximar o Poder Legislativo da população, o Programa Deputados Aqui tem transformado a realidade de milhares de goianos. De fevereiro a julho de 2025, o projeto percorreu 11 municípios e realizou mais de 90 mil atendimentos gratuitos à população. Clique aqui para conferir a galeria com fotos de todas as edições do programa. 

A iniciativa, implementada pela atual gestão da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), já passou pelas seguintes cidades: Morrinhos, Rubiataba, Goianésia, Caçu, Santa Helena de Goiás, Formosa, Padre Bernardo, Campo Alegre de Goiás, Valparaíso, Mozarlândia e São Miguel do Araguaia. Em cada uma delas, a estrutura montada garante acesso a serviços médicos, jurídicos, sociais, educacionais e de lazer, além de promover homenagens a personalidades que contribuem com o desenvolvimento local.

“O Deputados Aqui mostra, na prática, que o Legislativo pode e deve estar próximo do cidadão. Ouvimos as pessoas, atendemos suas necessidades e entregamos serviços que mudam vidas”, afirmou o presidente da Assembleia, deputado Bruno Peixoto (UB).

8ª edição do Programa Deputados Aqui na cidade de Campo Alegre (Foto: Carlos Costa/ Alego)

Atendimento humanizado e ações de impacto

Os serviços mais procurados incluem consultas oftalmológicas com entrega de óculos, atendimentos da Defensoria Pública, emissão de documentos como RG, além da castração gratuita de cães com o Castramóvel. A programação também conta com cursos profissionalizantes, oficinas culturais, apresentações artísticas, cortes de cabelo, distribuição de mudas, atividades para crianças e até almoço coletivo. 

“O que vimos nesse primeiro semestre foi um engajamento real da população. Muitas vezes, o acesso a serviços públicos só acontece quando a Assembleia vai até essas localidades. Isso mostra que estamos no caminho certo”, avaliou o diretor de Participação Popular da Alego, Elias Vaz.

Na última edição do programa, realizada em São Miguel do Araguaia, um dos destaques foi a entrega de 73 escrituras de casas próprias, número que superou o total das edições anteriores. O presidente Bruno Peixoto ressaltou que o resultado é fruto da união de esforços entre os diversos parceiros e da criação da Secretaria de Regularização Fundiária da Alego, implantada em janeiro deste ano, que tem potencializado a entrega de escrituras por meio do Programa Deputados Aqui.

Consulta oftalmológica na 5ª edição do Programa Deputados Aqui em Santa Helena (Foto: Carlos Costa/ Alego)

Mobilização e parcerias estratégicas

A preparação de cada edição mobiliza, com antecedência, equipes da Assembleia e parceiros locais. A divulgação é feita por rádios, carros de som, redes sociais e panfletagens em escolas e comércios. O evento ocorre sempre aos sábados, em espaços acessíveis e de grande circulação.

Em 2025, o programa ganhou novo formato e mais robustez, com parcerias ampliadas: Defensoria Pública, Polícia Civil, TRE-GO, Fecomércio, Sesc, Senac, Senar, Emater, Sebrae, Saneago, Equatorial, AGR, Fieg/Senai, além de prefeituras e câmaras municipais.

“Estamos levando, cada vez mais, uma estrutura completa e serviços de alta demanda. No segundo semestre, vamos inovar de novo”, adiantou Elias Vaz. Entre as novidades previstas estão exames de mamografia, emissão de passaportes (com taxa) e mais cursos de capacitação. 

2ª edição do Programa Deputados Aqui em Rubiataba (Foto: Sérgio Rocha/ Alego)

Tecnologia e participação cidadã

Como desdobramento do programa, foi lançado em 2023 o aplicativo Deputados Aqui, que permite aos cidadãos acompanhar as atividades dos parlamentares, assistir à programação da TV Assembleia Legislativa, consultar biografias dos deputados e acompanhar processos legislativos. A ferramenta também oferece o canal “Aqui você faz a lei”, espaço onde o público pode sugerir ideias que podem virar projetos legislativos.

Essa integração entre tecnologia e prestação de serviços fortalece o compromisso da Assembleia com a transparência, a cidadania e a interiorização das ações legislativas.

Aprovação popular

O reconhecimento da população ao Deputados Aqui se reflete nas falas de quem foi atendido. “Eu vim aqui porque meu título estava cancelado. Vim para resolver esse problema e o atendimento foi nota 10, rápido, preciso e eficiente”, afirmou o morador Robson Gonçalves. 

No município de Campo Alegre de Goiás, na 8ª edição do programa, a dona de casa Fátima Silva foi uma das primeiras a chegar à estrutura montada na Praça Pio Pereira, em frente à Prefeitura. Ela buscava atendimento oftalmológico, o serviço mais procurado naquela edição. “Cheguei cedinho para ser uma das primeiras a ser atendida. Minha visão não anda boa e eu faço crochê, já está me atrapalhando”, contou.

Próximas edições

O programa segue em expansão. No dia 26 de julho, a cidade de Anápolis será a próxima a receber a estrutura do Deputados Aqui. Logo depois, em 2 de agosto, será a vez de Campos Belos.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás