Francesa se tornou símbolo depois do julgamento de seus estupradores; será condecorada com a Legião de Honra da França
Símbolo da luta feministas depois do julgamento de seus estupradores, Gisèle Pelicot, de 72 anos, receberá a Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França. O Diário Oficial francês publicou a informação no domingo (13.jul.2025).
Ela será nomeada ao posto de cavaleiro, o 1º dos 3 graus da condecoração criada em 1802. Ao todo, 589 pessoas foram agraciadas com a honraria. Eis a íntegra (PDF – 215 kB, em francês).
Em setembro de 2024, o caso Pelicot chamou a atenção da mídia internacional. Ela sofreu dezenas de estupros ao longo de 10 anos, cometidos tanto por seu ex-marido Dominique Pelicot, que a sedava para facilitar os abusos, quanto por homens que ele recrutava pela internet.
Dominique recebeu sentença de 20 anos de prisão em dezembro passado e não apresentou recurso. Os outros 50 acusados, com idades de 27 a 74 anos, receberam penas que variam de 3 a 15 anos de reclusão.
O processo judicial não foi público, diferentemente do comum em casos de violência sexual no país europeu. A francesa exigiu que o julgamento fosse aberto para que a “vergonha mudasse de lado” e não recaísse mais sobre as vítimas de estupro.
Em abril de 2025, a revista norte-americana Time já havia reconhecido a importante de Gisèle Pelicot ao incluí-la entre as 100 personalidades mais influentes do ano.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), cumpriu nesta terça-feira (8/7) três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão contra suspeitos do chamado “golpe dos móveis planejados”. A ação, denominada Operação MDF, foi realizada em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Santo André (SP), em cooperação com a Polícia Civil de São Paulo.
“As investigações começaram no início o ano e apura um grupo criminoso envolvendo três empresa do setor de móveis planejados. Essas empresas e os investigados vendiam os serviços personalizados de móveis planejados mas nunca entregavam os produtos”, explica a delegada Débora Melo, da Decon.
Além das prisões e buscas, a Justiça autorizou o “sequestro de bens no valor de R$?500?mil” dos investigados, medida que visa garantir a reparação dos consumidores lesados.
“O objetivo é possibilitar a identificação de novas vítimas e o surgimento de outros elementos informativos acerca da dinâmica dos fatos criminosos”, explicou a autoridade policial responsável.
As investigações apontam que o grupo utilizava empresas especializadas na fabricação de móveis planejados para captar clientes, receber valores adiantados e não entregar os produtos contratados. Até o momento, foram identificadas seis vítimas, com prejuízos que variam entre R$?7?mil e R$?100?mil.
Entre os alvos da operação, foi preso Renato de Almeida Andrade, cujo nome e imagem foram divulgados por despacho oficial. Também foram mencionadas as empresas Perfetti Movelaria Ltda e Módulo & Medida como parte do esquema fraudulento. A divulgação visa facilitar localização de possíveis vítimas do golpe.
O inquérito policial prossegue com a oitiva dos envolvidos e a análise das apreensões. Ao final das investigações, os suspeitos poderão responder pelos crimes de “associação criminosa e estelionato”.
Homem é preso por extorquir ex-namorada com vídeo íntimo em São Simão
Em outra ação, a Polícia Civil de Goiás prendeu nesta segunda-feira (7/7) um homem acusado de extorquir sua ex-companheira com ameaças de divulgar imagens íntimas. A ação foi realizada pela Delegacia de Polícia de São Simão, na região Sul de Goiás, em cumprimentoa mandado de prisão temporária.
As investigações apontam que o casal manteve um relacionamento de aproximadamente um mês, período em que registraram em vídeo um momento íntimo com consentimento mútuo.
Após o término do relacionamento, o investigado passou a ameaçar a vítima, exigindo pagamento em dinheiro para não divulgar o conteúdo. Além da chantagem com o vídeo, ele cobrou a devolução de presentes que havia dado durante o namoro.
Sob pressão e temendo a exposição, a mulher realizou duas transferências bancárias que somaram R$ 300,00. O caso foi registrado na delegacia após a vítima procurar ajuda policial.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça considerando as evidências de extorsão. O crime está sendo investigado com base no artigo 158 do Código Penal, que prevê pena de quatro a dez anos de reclusão.
A Delegacia de São Simão reforça a orientação para que vítimas de crimes similares busquem imediatamente a polícia para registrar ocorrência e receber proteção legal. As autoridades destacam a importância de denunciar esse tipo de violência para coibir a ação de criminosos que se aproveitam de relacionamentos íntimos para cometer chantagens.
Para fortalecer o combate à violência e a crimes contra animais, Cairo Salim propõe criação de delegacia especializada em Goiás
Lidiane 8 de julho de 2025
O deputado Cairo Salim (PSD) apresentou na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) o projeto de lei nº 16996/25, que propõe a criação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) na estrutura organizacional da Delegacia Geral da Polícia Civil. A iniciativa busca fortalecer o combate à violência e aos maus-tratos sofridos por animais no estado.
De acordo com a proposta, a DRCA terá sede em Goiânia, mas sua circunscrição será estadual. A nova delegacia estará subordinada hierarquicamente à chefia da Polícia Judiciária, e seu titular será um delegado de polícia indicado por essa chefia e designado pelo delegado-geral da Polícia Civil.
A competência da DRCA abrangerá a apuração e a repressão das infrações penais previstas no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que define os crimes resultantes de maus-tratos contra animais. A atuação da DRCA se estende ainda à Lei nº 14.064, de 29 de setembro de 2020, quando os crimes envolverem cães e gatos.
Além de sua função investigativa e repressiva, a delegacia terá atribuições mais amplas. Entre elas, estão a elaboração de estatísticas mensais dos crimes de maus-tratos contra animais no Estado de Goiás; a atuação como Delegacia-Escola, recebendo alunos da Escola Superior da Polícia Civil para integrar conhecimento teórico e prática policial; a interlocução direta com a sociedade civil organizada; o auxílio à Escola Superior da Polícia Civil na elaboração de cursos específicos; e a organização de seminários e eventos de conscientização ou formação. A DRCA também auxiliará e orientará outras unidades policiais civis no combate a esses crimes, quando solicitado pelo delegado responsável.
É importante ressaltar que a DRCA exercerá suas atribuições de forma exclusiva no município de Goiânia e de forma subsidiária nos demais municípios do Estado de Goiás. O texto do projeto enfatiza que as atribuições da DRCA não excluem a possibilidade de atendimento em qualquer outra unidade da Polícia Civil. Em casos de atuação subsidiária, o delegado-geral da Polícia Civil poderá avocar o procedimento policial instaurado em unidades locais para redistribuição à DRCA, seja por interesse público ou indícios de ineficácia da investigação, de ofício ou a pedido.
Segundo o autor da proposta, “é notório que, apesar de a sociedade ter valorizado mais os animais e estabelecido relações mais afetivas com eles em nossas residências, é impossível ignorar a triste realidade que ainda persiste no cotidiano”. Ele aponta para a ocorrência de abusos e violência contra animais (sejam eles domésticos, selvagens, nativos ou exóticos) se manifesta não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
Nesse contexto, a proteção dos animais tem ganhado crescente importância no país, impulsionando a criação de políticas para combater a violência, controlar a população de cães e gatos e enfrentar o tráfico de animais silvestres, entre outras questões. Essas ações, diretas ou indiretas, impactam diversas áreas da sociedade, incluindo a saúde pública, especialmente devido ao abandono de animais domésticos nas ruas das cidades.
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde será distribuído à relatoria de algum parlamentar.
Países ainda discutem termos da declaração final, que deve ser divulgada durante a cúpula de chefes de Estado, realizada no Rio de 6 a 7 de julho
As negociações pela declaração final que deverá ser apresentada durante a Cúpula do Brics prosseguem sem um consenso sobre como tratar o conflito no Irã depois dos ataques de Israel e Estados Unidos em junho. O país persa cobra um posicionamento mais duro do bloco, que passou a integrar em 2023.
Os iranianos não reconhecem o Estado de Israel e normalmente usam expressões como “regime sionista” para se referir ao país judeu. Historicamente, os países do Brics, porém, defendem a solução de 2 Estados no Oriente Médio. Ou seja, que o Estado da Palestina seja reconhecido oficialmente. Para os iranianos, porém, reconhecer a Palestina seria uma forma de o país legitimar também o direito de existência de Israel, o que vai de encontro à concepção iraniana.
O conflito no Irã durou 12 dias. Inicialmente, as forças armadas israelenses bombardearam diversos alvos no país persa, para impedir a evolução do programa nuclear iraniano. O Irã revidou e lançou bombas contra Israel. Um cessar-fogo foi negociado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entretanto, a situação na região ainda é delicada.
O conflito recente ganhou mais peso nas negociações no Brics do que os ataques feitos por Israel à Faixa de Gaza. Em 2024, durante a reunião do grupo em Kazan, na Rússia, os países reafirmaram apoio à incorporação da Palestina na ONU (Organização das Nações Unidas) como parte do compromisso pela criação de 2 Estados.
Integrantes do Brics como Índia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Egito são mais próximos dos Estados Unidos e tendem a não aceitar uma mudança mais drástica na menção a Israel.
A Cúpula do Brics será realizada no Rio de 6 a 7 de julho. O Brasil lidera o bloco desde janeiro de 2025. O mandato é de 1 ano.
Os países também discutem o tom que a declaração deve apresentar em relação à guerra tarifária dos Estados Unidos. Não haverá menções diretas nem ao país e nem a Trump, mas os termos tendem a ser mais duros do que em outras menções do bloco ao assunto.
Além da declaração geral, serão apresentadas separadamente outras 3 declarações temáticas sobre inteligência artificial, financiamento climático e erradicação das doenças socialmente determinadas, aquelas em que a saúde de uma pessoa é afetada por questões como pobreza, desigualdade, condições de trabalho precárias, etc.
Os documentos, que estão em fase final de elaboração, devem ser divulgados ao longo da cúpula.
A separação dos temas foi decidida no contexto da redução do financiamento de organizações de ajuda humanitária, liderada pelos Estados Unidos, mas seguida também por países europeus. A intenção é dar força ao papel multilateral do Brics no contexto do Sul Global, termo que está em voga e que substituiu referências como 3º Mundo.
Essa posição foi reforçada pelos convites ao diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Para Friedrich Merz, operações do governo Netanyahu podem enfraquecer país persa; declarações foram feitas em entrevista a TV
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que os ataques de Israel ao Irã são um “trabalho sujo” feito em nome do Ocidente. Segundo Merz, o país persa espalha “morte e destruição” pelo mundo.
“Só posso dizer que temos grande respeito pelo fato de o exército e o governo israelense terem a coragem de fazer isso. Caso contrário, poderíamos continuar a ver o terror deste regime por meses e anos e, possivelmente, com uma arma nuclear em mãos”, disse o chanceler na 3ª feira (17.jun.2025), em entrevista ao canal alemão ZDF, durante o encontro do G7 no Canadá.
Para Merz, as operações israelenses podem levar ao colapso do regime iraniano. Ele afirmou que é “improvável” que o país consiga retomar a força que exercia antes dos ataques.
O chanceler defendeu a retomada das negociações sobre o programa nuclear iraniano, interrompidas pelos ataques israelenses. “Ainda existe a possibilidade de que a parte do governo iraniano capaz de agir retorne à mesa de negociações. Se [o Irã] não estiver preparado para entrar em negociações, Israel seguirá esse caminho até o fim.”
Israel começou a bombardear o Irã depois de o país persa ter sido censurado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) por descumprir obrigações previstas em tratado pela 1ª vez em duas décadas. A ofensiva israelense começou na 6ª feira (13.jun.2025). Tel Aviv afirma que o Irã está avançando no desenvolvimento de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em mensagem gravada na 6ª feira (13.jun) que o país não permitirá que Israel “escape com segurança” do “grande crime” que cometeu.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha militar vai durar “o tempo que for necessário”.
Polícia cumpre 25 mandados na Grande Goiânia contra venda de anabolizantes
Lidiane 12 de junho de 2025
A Polícia Civil de Goiás cumpriu nesta quinta-feira (12/6) 14 mandados de busca e apreensão, nove de prisão temporária e dois de prisão preventiva contra uma organização especializada no comércio ilegal de anabolizantes e medicamentos de uso restrito. A operação, batizada de Ciclo Interrompido, teve como alvo principal um profissional de educação física e uma nutricionista que comandavam o esquema em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade.
Esta é a quarta fase da operação, que já havia desarticulado parte da organização em etapas anteriores.
“Descobrimos um esquema mais intenso e ramificado”, afirmaram os investigadores.
A ação da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) contou com o apoio da Vigilância Sanitária, que interditou um dos locais onde os produtos eram comercializados.
Durante as buscas, foram apreendidos armas de fogo, munições e materiais usados no esquema. Nas fases anteriores, a polícia já havia encontrado medicamentos de origem desconhecida, insumos para fabricação de remédios, carimbos e receituários médicos falsos.
Os envolvidos são investigados por crimes contra o consumidor, falsificação de documentos e organização criminosa. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
A operação continua em andamento para identificar outros possíveis participantes do esquema.
Diretor-presidente do Instituto Brasileiro da Mineração diz esperar que o PL aprovado no Senado sofra alterações na Câmara
O diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro da Mineração), Raul Jungmann, declarou nesta 3ª feira (10.jun.2025) ser contra o PL (projeto de lei) 2.159 de 2021. A proposta que afrouxa o licenciamento ambiental foi aprovada pelo Senado em 20 de maio deste ano.
“O Ibram, representante da mineração brasileira, não concorda com as mudanças que foram feitas no Senado”, disse. Segundo ele, as alterações feitas na Casa Alta não visam “agilidade”, mas, sim, “reduzir o rigor no processo de licenciamento”.
“Isso não pode acontecer. Vai criar problemas de competitividade para as indústrias nacionais e problemas em termos de compliance”, afirmou.
Jungmann foi um dos palestrantes do evento “Brasil em Transformação: mineração no Brasil e no exterior” realizado pelo Correio Braziliense, em Brasília.
O diretor-presidente afirmou que a demora de anos na aprovação de novos empreendimentos “destrói” o capital e torna a agilidade necessária. Mas disse que não defende “arrebentar os mecanismos de controle e fiscalização do meio ambiente” para assegurar essa eficiência.
Ao final de sua fala, ele declarou esperar que o “chamado de PL da Devastação” passe por mudanças na Câmara dos Deputados.
O PL do Licenciamento Ambiental retornou para análise da Casa Baixa em 22 de maio. Está na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Se for aprovado, o projeto de lei será enviado para sanção presidencial.
Ministro das Cidades afirma que projeto mostra a desconexão de algumas pessoas da realidade do Brasil; proposta quer adiar implementação de 2033 para 2040
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta 6ª feira (6.jun.2025) ser contra o PL (projeto de lei) que tramita na Câmara dos Deputados que visa prorrogar o prazo para a universalização do saneamento básico no país de 2033 para 2040.
“Eu acho que quem discute essa possibilidade não tem noção do que é viver sem água, sem esgoto. Eu sou absolutamente contrário. Estamos em 2025, já temos 8 anos pela frente de desafio, e a gente puxar de 2033 para frente, que vai para 2040. É um tema que não consigo nem discutir, acho uma insensibilidade social. Isso mostra a desconexão da realidade do Brasil”, disse o ministro durante evento do Esfera, em São Paulo.
O projeto para ampliar o prazo é de autoria do deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O texto ainda permite que, em 2040, o prazo seja estendido por até mais 5 anos “caso haja comprovação de dificuldades técnicas, financeiras ou logísticas extraordinárias”.
“Essa pauta precisa ser uma pauta não só do governo federal, tem de ser uma pauta de todo mundo. Tem de ser prioritária para o Brasil”, afirmou Jader.
Um levantamento do Instituto Trata Brasil, com base em dados do Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), mostrou que 100 milhões de cidadãos não têm acesso ao serviço de coleta de esgotos e 35 milhões não são abastecidos com água tratada. Ainda segundo o Trata Brasil, cada real investido em saneamento leva a uma economia de R$ 4 na área de saúde.
Já o Portal Saneamento Básico lista uma série de doenças decorrentes do não tratamento de água e esgoto. Entre elas, estão febre amarela, hepatite, leptospirose e febre tifoide, além de infecções na pele e nos olhos.
“Qual o problema disso?”, questionou Netanyahu; líder da oposição diz temer que armas fornecidas sejam apontadas contra israelenses no futuro
Israel admitiu ter fornecido apoio a uma milícia palestina na Faixa de Gaza para tentar combater o Hamas em seu enclave. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou na 5ª feira (05.jun.2025) que seu país estava trabalhando com “clãs em Gaza” depois que as primeiras informações a respeito vieram a público.
Duas autoridades israelenses e uma 3ª pessoa com conhecimento sobre o assunto confirmaram que o apoio de Israel incluía o envio de armas a Yasser Abu Shabab, líder de uma milícia no sul de Gaza.
Os informantes falaram sob condição de anonimato. Segundo reportagem do New York Times, uma das fontes caracterizou a ação como principalmente simbólica, para demonstrar que o Hamas está perdendo influência sobre a população de Gaza.
A estratégia de armar palestinos surgiu no contexto da guerra iniciada após os ataques de 7 de outubro de 2023 perpetrados pelo Hamas contra Israel. Desde então, Israel afirma que seu objetivo é derrubar o grupo islâmico que governa Gaza desde 2007.
Até o momento, segundo dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 54.607 palestinos foram mortos desde outubro de 2023. Dentre os identificados até março (50.021), mais da metade é formada por crianças (15.613), idosos (3.839) e mulheres (8.304).
A milícia armada liderada por Abu Shabab atua principalmente em Rafah, no sul de Gaza. O grupo ficou conhecido após circularem relatos de que seus integrantes estavam por trás de saques e revendas de carregamentos de ajuda humanitária destinados à população. Abu Shabab nega envolvimento de seu grupo. Um funcionário da ONU ouvido pelo New York Times o descreveu como “o autoproclamado intermediário do leste de Rafah”.
PODER DE FOGO
Em março, parlamentares israelenses foram informados que as forças do Hamas ainda contavam com mais de 25.000 integrantes, apesar da ofensiva militar israelense.
Yossi Amrosi, ex-oficial de inteligência israelense especializado em Gaza, estimou a força do grupo de Abu Shabab em algumas centenas de combatentes. Dados revelam que o Hamas matou 20 integrantes de “gangues de ladrões que estavam roubando ajuda”, em possível referência aos confrontos com grupos como o de Abu Shabab, conforme relatado pela mídia oficial do grupo islâmico.
“QUAL O PROBLEMA DISSO?”
Em seu pronunciamento na 5ª feira (5.jun.2025), Netanyahu admitiu que Israel “ativou clãs em Gaza que se opõem ao Hamas”, classificando a medida como “algo bom” que poupou vidas de soldados israelenses.
“Qual o problema disso?”, questionou em vídeo, afirmando ter aprovado a ação após aconselhamento de autoridades de segurança, sem mencionar o envio de armas.
O anúncio de Netanyahu veio após Avigdor Liberman, membro da oposição no Parlamento israelense e ex-ministro da Defesa, acusar o primeiro-ministro em uma entrevista de rádio de autorizar transferências de armas para uma gangue criminosa em Gaza.
Abu Shabab rejeitou “por completo” que seu grupo recebeu armas de Israel, em declaração nas redes sociais na noite de 5ª feira (5.jun). Ele disse que eram “alegações inválidas” publicadas para desacreditar um esforço que “enfrentou a injustiça, o saque e a corrupção”.
O líder da oposição israelense, Yair Lapid, expressou preocupação afirmando: “Depois que Netanyahu terminou de dar milhões de dólares ao Hamas, ele passou a entregar armas a organizações próximas ao ISIS em Gaza — tudo de forma improvisada, sem qualquer planejamento estratégico, tudo levando a mais desastres”.
Lapid acrescentou que as “armas que entram em Gaza acabarão sendo usadas contra soldados das Forças de Defesa de Israel e cidadãos israelenses”.
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Prefeitura de Aparecida lança plano contra incêndios na APA Serra das Areias
Lidiane 6 de junho de 2025
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia lançou nesta quinta-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, o 1º Plano de Contingência de Incêndio da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra das Areias. A área é uma importante reserva de Cerrado no território de Aparecida, que abriga fauna e flora nativas, além de nascentes e cursos d’água como o Ribeirão Lages, que abastece cerca de 40 bairros da cidade.
O prefeito Leandro Vilela, a secretária de Meio Ambiente, Pollyana Borges, e o tenente-coronel Ézio Barros, do 7º Batalhão de Bombeiros, participaram do lançamento do plano, detalharam a iniciativa e assinaram o documento de formalização. A solenidade ocorreu na Cidade Administrativa Maguito Vilela, sede da prefeitura.
O primeiro plano de contingência para incêndios na vegetação nativa de Aparecida estabelece medidas de prevenção, proteção e resposta. Entre as normas, chacareiros da Serra das Areias deverão criar aceiros – faixas sem vegetação que impedem a propagação do fogo em suas propriedades.
“A Serra das Areias é patrimônio da cidade que exige cuidado. Este plano é crucial, mas precisamos da cooperação dos 136 proprietários de glebas e de toda a sociedade”, destacou o prefeito Leandro Vilela, acompanhado da primeira-dama Lana Bezerra.
A secretária de Meio Ambiente, Pollyana Borges, destacou que 98% da APA Serra das Areias são propriedades privadas. A prefeitura, em parceria com os Bombeiros, fará aceiros nas áreas públicas, enquanto reforça a fiscalização com a Polícia Militar para combater incêndios criminosos.
“Estamos articulados com o 45º e 8º Batalhões da PM. Em 2023, houve muitos incêndios dolosos, mas nesta gestão não toleraremos essas práticas”, enfatizou Pollyana.
Plano prevê fiscalização e atividades educativas
Elaborado pelo 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros em parceria com a Semma e Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil (Sudec), o plano de contingência conta com a participação de diversos órgãos, incluindo a Secretaria de Saúde e o MP. A estratégia define, entre outras medidas, o encaminhamento de possíveis vítimas para unidades como o CAIS Colina Azul.
“Esta iniciativa permitirá ao poder público agir de forma proativa para mitigar danos ambientais e punir infratores”, destacou o tenente-coronel Ézio Barros, comandante do 7º Batalhão. O plano prevê ainda ações educativas em escolas do entorno.
O evento contou com as presenças do senador Kajuru, do presidente da Câmara Gilsão Meu Povo, vereadores e autoridades ambientais. A APA Serra das Areias, criada pela Lei Municipal 3.275/2015, protege 60 km² de Cerrado com nascentes como o Ribeirão Lages, que abastece 40 bairros. A área, composta por 136 glebas particulares, é protegida por legislação federal e municipal.




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